Pois saiba que foi observando, que os chineses foram os primeiros a notar que as orelhas “mudavam” e que essas mudanças poderiam ser sinais indicativos de alterações ou desequilíbrios internos do corpo. Oops, não só internos – quando havia alguma lesão do tipo fratura ou luxação, podia olhar a orelha e, batata! estava lá a marquinha.
O grande interesse que a acupuntura tem despertado entre nós, faz com que um de seus primeiros métodos de aplicação, a auriculoacupuntura, seja mais difundido a cada dia. Graças à pesquisas mais recentes, principalmente em países como a França, essa técnica ganhou corpo e é respeitada em todo o mundo, inclusive sendo indicada pela OMS – Organização Mundial de Saúde.
Mas você pode estar intrigado e se perguntando como que a sua dor no dedão do pé pode melhorar tratando da sua orelha? Vamos lá: com a estimulação dos pontos reflexos no local certo (da orelha), o cérebro recebe um impulso que desencadeia uma série de fenômenos físicos relacionados a uma respectiva área do corpo, gerando assim a promoção de um equilíbrio fisiológico no lugar de referência. Resumindo, seu corpo vai resolver a questão como ela deve ser resolvida: se for pra parar a dor, ele liberará neurotransmissores que atuarão localmente; se for pra aumentar a resistência orgânica, ele agirá eficazmente contra agentes agressores, e por aí vai. O estímulo também pode atuar em situações psicossomáticas e ajuda muito no tratamento de vícios, como alcoolismo, tabagismo, ansiedade, estresse e emagrecimento.
Acho que se Van Gogh (1853-1890) conhecesse os benefícios da auriculoacupuntura, ele talvez não tivesse cortado um pedaço da própria! (dizem que ele se cortou depois de uma briga com Paul Gauguin num aceso de raiva. Já ouvi outras histórias também, como a de que ele teria cortado sua orelha como prova de amor por uma enfermeira... vai saber!)
O certo é que ele pintou vários quadros de orelha enfaixada, olha outra imagem:
Para saber mais acesse o site do museu Van Gogh: www.vangoghmuseum.nl